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Juiz de Fora vai às ruas para protestar contra a Reforma da Previdência; Betão reforça “vai ser uma luta intensa, mas temos que discutir o tema com toda sociedade”

A população de Juiz de Fora, representantes das centrais e dos sindicatos de diferentes setores foram para as ruas na manhã desta sexta-feira (22/03) para protestar no Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência. A mobilização acontece em diferentes capitais e cidades brasileiras contra o texto apresentado pelo presidente Bolsonaro.

Durante o protesto, que aconteceu na Praça da Estação, Betão lembrou da necessidade de todos e todas irem para as ruas combaterem o modelo de previdência proposto. “Vai ser uma luta intensa e ferrenha. Temos que levar a discussão para as pessoas nas ruas e para todo mundo. Uma das prioridades do nosso mandato é levar para toda a Minas Gerais essa discussão da reforma previdenciária, alias não dá nem para chamar isso de Reforma da Previdência, porque isso é um ajuste fiscal que estão fazendo em cima da Previdência” reforçou em seu discurso. O deputado também fez uso da tribuna da Câmara Municipal, onde reforçou sua fala contra a Reforma para os vereadores da Casa.

O deputado estadual afirmou ainda que “não há déficit da Previdência e não é o Betão quem está falando isso não. A CPI da Previdência realizada no Senado mostrou que há, na verdade, um superávit, e que está faltando é cobrar dos empresários que devem mais do que R$ 450 bilhões à Previdência”, reforçou.

Betão lembrou ainda que agora é hora de os brasileiros se unirem e dialogarem em torno da proteção de seus direitos. “Sabe o que o Bolsonaro fez no encontro com o Trump? Ele disse ‘sim senhor’, e agora está entregando o pré-sal e deve entregar a nossa Previdência para os bancos. O que ele quer é transformar a Previdência em uma capitalização individual, onde só o trabalhador vai contribuir e o patrão não vai contribuir com nada. Não podemos aceitar isso” reforçou o deputado lembrando que em países como o Chile, o modelo implementado não deu certo.

Centrais e sindicatos dizem NÃO à Reforma da Previdência

Cosme Nogueira, presidente da Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais (FESERP-MG) conta que assim como milhares de trabalhadores, teme que a proposta seja aprovada. “Hoje, 22 de março, é um dia de luta nacional contra: a Reforma da Previdência, a MP 873 e aos ataques criminosos à classe trabalhadora. Que hoje seja o início de uma grande corrente para a derrubada desse projeto e também de vitória para os trabalhadores brasileiros”, espera.

“Sou de um assentamento do MST, mulher e educadora”, lembra Elis Carvalho ao combater a Reforma da Previdência. “Sou contra essa proposta porque ela vai atingir diretamente as mulheres, que terão que trabalhar mais, mulheres essas que hoje já enfrentam uma jornada dupla. No meu caso é até pior porque eu também trabalho na roça, sou educadora, e essa reforma vai afetar diretamente a gente porque o direito da aposentadoria nos é negado integralmente”, afirma lembrando dos prejuízos do texto para os trabalhadores rurais.

Aparecida Oliveira, membro da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Nacional) acredita que hoje é o começo da mobilização nas ruas, e que caso não seja ouvida, a classe trabalhadora poderá deflagrar uma greve geral no Brasil. “Não podemos admitir em hipótese alguma essa reforma, porque ela ataca os mais pobres e os trabalhadores de uma forma geral. É importante que todos nos mobilizemos no Brasil inteiro porque esse é o início da nossa luta. Nós estamos aqui hoje protestando e, com certeza, caminhando para construir uma greve geral em combate à Reforma da Previdência”, alerta.

Para Clea Moreira, do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora a reforma será um “caos” para as mulheres e professoras, em especial. “Sou contra a Reforma da Previdência porque ela aumenta o tempo de contribuição e a idade mínima para aposentados. É enterro da aposentadoria. A pessoa ou não vai aposentar, vai morrer antes, ou vai aposentar com uma idade bem avançada e ainda com um salário bem menor. Isso é a retirada dos direitos dos trabalhadores. Não podemos aceitar”, protestou durante esta manhã.

O servidor da Universidade Federal de Juiz de Fora, Giovani Verazzani, alerta “essa reforma só vai penalizar a classe trabalhadora, os mais pobres, e as classes mais vulneráveis, que vão ter que trabalhar por 40 anos para ter acesso à aposentadoria”, afirma. Giovani reforça ainda que além de aumentar o tempo de contribuição, os valores das aposentadorias também são impraticáveis. “A grande maioria dos aposentados vai ter menos de um salário mínimo ao final de uma vida inteira de trabalho. Por isso a gente tem que barrar essa reforma e propor novas alternativas. Essa reforma não vai ajudar em nada a classe trabalhadora nem os servidores. Ela vem justamente para completar a destruição dos direitos trabalhistas”.

Reginaldo de Freitas Souza, mais conhecido como Reginaldo Carteiro, do Sindicato dos Correios de Minas Gerais é categórico: “sou contra a proposta porque eles querem fazer uma reforma para que nós trabalhadores paguemos, e nós não vamos concordar. Vamos para as ruas sim protestar”, conclui.

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