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Nota contra a prisão da secretária-geral do Partido dos Trabalhadores da Argélia Louisa Hanoune

Desde fevereiro milhões de argelinos saem às ruas toda a sexta-feira para exigir o fim do atual regime político do país. Para tentar impedir um movimento dos trabalhadores e da juventude por suas reivindicações, o atual governo e os militares buscaram “organizar” um processo que chamaram de “transição”, do qual o Partido dos Trabalhadores da Argélia, por não respeitar as vozes das ruas, se recusou a participar.
Contra esse movimento, ocorreram várias detenções de jovens e trabalhadores durante no último período. A situação se agravou quando por ordem do Tribunal Militar de Blida, em 9 de maio, a secretária-geral do Partido dos Trabalhadores da Argélia, Louisa Hanoune, foi convocada como testemunha e, sem nenhuma prova de que havia cometido um crime, foi detida.
Conhecida mundialmente pela sua militância e por ter sido a primeira mulher a disputar a presidência, a prisão de Louisa agrava ainda mais o cenário político do país, que mantém intensas manifestações contrárias ao atual poder.
Mais que uma reação à expansão da militarização do poder, a prisão sem motivos de uma líder política reconhecida pelo povo, reforça as intenções do chefe de um governo que impõe à força sua agenda. Hoje, o atual poder na Argélia luta para manter o sistema e organizar as eleições de 4 de julho aos seus moldes, apesar de sua rejeição pelo povo argelino.
Aqui do Brasil, organizações sindicais, dentre elas a Central Única dos Trabalhadores e o PT já manifestaram o seu repúdio à prisão de Louisa Hanoune, exigindo do governo argelino a sua imediata libertação.
Muito nos preocupa essa notícia, principalmente em um momento no qual o povo brasileiro tem ido às ruas protestar contra as reformas propostas, os cortes na educação e os ataques constantes à classe trabalhadora em TODOS os setores.
Como membro do PT há mais de 30 anos e deputado eleito democraticamente, acredito e sempre acreditarei no direito de manifestação e organização dos povos por suas legítimas reivindicações. Louise foi eleita cinco vezes como deputada na Argélia, o que revela grande empatia do povo pelo seu trabalho.
Diante desse cenário manifesto meu repúdio à prisão da companheira e, como membro do Partido dos Trabalhadores e deputado estadual de Minas Gerais, exijo do atual poder argelino a imediata libertação de Louisa, dando conhecimento do meu posicionamento às organizações dos trabalhadores e jovens argelinos. Irei propor também aos meus companheiros da bancada do PT que se posicionem contrários ao ocorrido, reforçando a nossa solidariedade ao povo argelino.

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