Centrais sindicais já se mobilizam contra a reforma da Previdência e convocam trabalhadores para a greve da educação, que acontecerá no próximo dia 15 de maio
A Praça do bairro Santa Luzia, em Juiz de Fora, foi o palco das comemorações do 1°de maio, que neste ano foi marcado por um ato político e cultural em defesa dos direitos, contra a reforma da Previdência de Bolsonaro e por Lula Livre. O ato, organizado por sindicatos e movimentos sociais, contou com cerca de 300 pessoas na manhã dessa quarta-feira.
As centrais sindicais já estão se movimentando para o Dia Nacional em Defesa da Educação no próximo dia 15 de maio e para a Greve Geral contra a reforma da Previdência, prevista para junho. “Não há vitória sem luta e a nossa posição é junto à classe trabalhadora, aos jovens e movimentos sociais organizados. Neste contexto de ataques à classe trabalhadora, que começou após o golpe que derrubou a presindente Dilma, temos que nos unir por duas causas. Não a reforma da Previdência e por Lula Livre. Essas devem ser as causas de todos”, afirma Betão.
Para a diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário, Elienai Rocha “hoje é um dia marcante, um dia importante de luta para a gente defender os direitos dos trabalhadores”. Elienai também lembra que hoje não é um dia de comemoração: “a gente não comemora o dia do trabalhador, a gente luta e resiste em defesa dos direitos que eles querem tomar.” A sindicalista ainda ressaltou a importância de informar a população sobre a reforma da Previdência e de ir às ruas em atos.
“O trabalho da gente tem que ser valorizado nesse momento. As coisas estão muito difíceis nesse governo”, confessa Anderson Fernandes, trabalhador, montador de andaime e morador do bairro Santa Luzia, que passava pela praça e parou para fazer parte da manifestação. “O governo está tomando tudo que a gente tem, retirando nossos direitos, e eu parei aqui porque sou a favor do Lula também. O Lula foi o melhor presidente que a gente teve, ele olhava para os pobres e para o trabalhador. É por isso que a gente está na luta por Lula Livre sempre”, comenta.
Cosme Nogueira, presidente da Federação dos Servidores Públicos de Minas Gerais (FESERP-MG), acredita na unidade para vencer os ataques aos direitos dos trabalhadores. “Estamos aqui hoje porque acreditamos que a unidade na luta é que será a grande arma para vencer esse golpe da direita que está aí com essas medidas perversas levando o povo brasileiro ao empobrecimento. Eu acredito em todos juntos por um Brasil livre e soberano. Estamos aqui por acreditarmos que essa unidade será o caminho.”
A tradicional banquinha marca presença
Quem também não poderia deixar de marcar presença no ato é a famosa banquinha do Betão. No dia de hoje também foram coletadas assinaturas para o abaixo-assinado em defesa da previdência pública. No ato, foram coletadas dezenas de assinaturas junto aos manifestantes e população do bairro Santa Luzia, além de pessoas que passavam pelo local. “Mais uma vez, é importante afirmar o diálogo franco com a população sobre o cenário político de retirada de direitos em que vivemos e nos unirmos em ações contra a reforma da Previdência”, finaliza Betão.