Servidores do Hemominas e do Hospital João Penido aderiram a greve de 30 horas convocada pelo SindSaúde-MG
Mesmo com a forte chuva da manhã de hoje, servidores do Hemominas e Hospital João Penido aderiram à greve de 30 horas convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (SindSaúde-MG). Na frente da Fundação Hemominas, eles empunharam bandeiras e gritos de ordem na luta por seus direitos. No município, 30% dos atendimentos estão mantidos em cada unidade.
De acordo com o diretor estadual do SindSaúde-MG, Fabiano Ponciano, a restrição do horário do Hemominas para a parte da manhã diminuiu o número de atendimentos diários. “Quando as coletas eram realizadas até às 19h reuníamos 70 atendimentos por dia. Agora sempre falta sangue para fornecimento. Hoje, o tipo O (+) , só conseguimos fornecer 70% da demanda”, alertou Fabiano. O Hemominas fornece sangue para mais de 58 hospitais da região, incluindo Caxambu, no Sul de Minas.
Além da precarização do serviço e do material, a categoria reivindica melhoria de salário e, ainda, são contrários as regras estabelecidas, por decreto, para que os servidores do Estado sejam cedidos às Organizações Sociais. Também questionam a terceirização da gestão dos hospitais da FHEMIG.
O governo Zema já anunciou que pretende privatizar cinco unidades da FHEMIG, incluindo o Hospital João Penido, em Juiz de Fora. O assistente-técnico e sindicalista, Fabiano Ponciano, acredita que que a medida pode chegar na Hemominas. “Eu acredito que uma privatização, com uma OS ou um banco, vai piorar ainda mais o serviço prestado na fundação. Hoje oferecemos aos doadores apenas água e biscoito ao invés de um lanche mais adequado. Isso sem contar com o calor, já que o ar condicionado está com defeito”, alegou Fabiano.
A precarização não para por aí. Ontem, outra diretora estadual do SindSaúde Lenir Romani, fez uma denúncia de que as cirurgias eletivas foram suspensas no hospital João Penido por falta de roupa adequada. Segundo Lenir, um problema recorrente que prejudica o paciente e o trabalhador. “Atualmente funcionamos fora do nosso padrão, temos falta de material, equipamentos estragados e funcionários terceirizados, que não permitem excelência neste atendimento”, disse.