Nova diretoria da CUT Minas afirma que agora a palavra de ordem é barrar esse governo e evitar qualquer retrocesso contra a classe trabalhadora
“O que nos declararam foi uma guerra e para uma guerra nos precisamos de unidade. Unificar a nossa luta com uma estratégia justificada pelo bem e em defesa da classe trabalhadora. A nossa palavra de ordem é derrotar qualquer retrocesso. Viva a classe trabalhadora”, definiu Jairo Nogueira, que nessa sexta-feira tomou posse como presidente da Central Única dos Trabalhadores MG para a gestão 2019/2023. Confira a nova diretoria (https://mg.cut.org.br/noticias/posse-politica-da-diretoria-executiva-e-direcao-estadual-20b1).
No mesmo dia, foi realizado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na Comissão do Trabalho, uma cerimônia em homenagem aos 36 anos da Central Única dos Trabalhadores. Criada em 1983, a CUT teve como contexto a ditadura militar, e uma série de greves nacionais que aconteciam por todo Brasil, mostrando que apesar dos ataques, a classe trabalhadora começava a se organizar como resposta.
Representando o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF), o deputado estadual Betão, que também já foi membro da Central Única dos Trabalhadores da Zona da Mata, acredita que apesar dos ataques de Bolsonaro aos sindicatos e centrais trabalhistas, esses serão os maiores instrumentos de resistência contra medidas como a reforma trabalhista de Temer e a da Previdência de Bolsonaro.
Representando o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF), o deputado estadual Betão, que também já foi membro da Central Única dos Trabalhadores da Zona da Mata, acredita que apesar dos ataques de Bolsonaro aos sindicatos e centrais trabalhistas, esses serão os maiores instrumentos de resistência contra medidas como a reforma trabalhista de Temer e a da Previdência de Bolsonaro.
Betão completou que além de ser uma entidade sindical representativa, a CUT tem uma luta histórica em defesa dos direitos dos trabalhadores e agora se faz presente nas ruas contra o atual desgoverno Bolsonaro e contra qualquer retirada de direitos da classe trabalhadora, dos jovens, dos movimentos sociais e de todo o povo brasileiro.
“Nós temos que fazer o combate à essas reformas porque a destruição dos direitos dos trabalhadores se agrava a cada dia. Eu acredito que sempre temos que escolher um lado e o meu e o do meu mandato é ao lado dos trabalhadores. A nossa luta continua, companheirada”, disse Betão.
A luta sindical no Vale do Aço foi marcada pelas greves dos trabalhadores da Usiminas, historicamente lembradas por fortes repressões e mortes, segundo Emanoel José Mendonça Sobrinho, representante da Escola Sindical Sete de Outubro. Além disso, os trabalhadores do Vale do Aço foram pioneiros na construção da escola, proposta hoje replicada em todo país.
“A resistência dos trabalhadores de Ipatinga deixou marcado o sindicalismo no Vale do Aço e em toda Minas Gerais. A escola é fruto da solidariedade de classe, que ao criar sua primeira escola em parceria com outros países, queria que ela servisse de referência para todo o Brasil”, disse.
Para a deputada estadual Beatriz Cerqueira, que foi da última gestão da CUT, a força sindical hoje é ainda mais presente, devido ao atual momento do ex-presidente Lula. “Vamos lembrar que foi pra lá, no ABC paulista que ele decidiu se despedir das pessoas antes de se entregar para a polícia. E foi para lá que ele voltou para discursar. É a força do sindicato para o povo brasileiro”, reforçou.
Na mesma semana que se anunciou a tentativa de privatização do saneamento básico no Brasil, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Minas Gerais (Sindagua-MG), José Maria, esteve presente nas comemorações de 36 anos da CUT e afirmou. “Só os sindicatos fortes podem defender os direitos básicos dos trabalhadores. Por isso a CUT é tão importante”, finalizou.