Deputado dá início a uma agenda de eventos cujo propósito é discutir, mesmo de forma remota, a criação de um eixo de enfrentamento à contrareforma de Zema
Servidores públicos do Estado e moradores das cidades de Cataguases e Leopoldina somaram esforços à luta do mandato do deputado estadual Betão, abrindo nesta sexta-feira 21/08, a agenda de discussões contra reforma da Previdência de Zema. A proposta do mandato é que mesmo de forma remota, o tema seja discutido junto aos servidores em diferentes cidades como forma de levar informação e fazer o enfrentamento.
Na abertura do encontro, Betão lembrou o histórico da proposta apresentada por Zema, de forma cruel, em plena pandemia, e convocou a todos a reforçarem o enfrentamento.
“Eles querem aprovar mas não vamos aceitar. Em dois dias eles aprovaram a reforma na CCJ por 6 a 1, e a resposta dos servidores foi ir para a porta da Assembleia protestar. Logo em seguida fizeram os seminários, mas adiaram o prazo e eu tenho certeza que o relatório da Comissão do Trabalho será contrário à reforma e vamos fazer de tudo para que Zema não tenha maioria na ALMG”, explicou Betão.
Para a Rosani Brito, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUte) de Cataguases, as mulheres têm sido atacadas em todos os espaços, nesta semana ela citou os ataques às deputadas na ALMG, mas ela afirma que o ataque maior às mulheres é uma reforma que penaliza professoras e servidoras.
“Não podemos deixar uma reforma como essa ser aprovada porque se ela passar, professores e professoras vão trabalhar mais que 40 anos. Essa é uma reforma machista, que complica e muito a vida dos servidores e por isso, temos que continuar nos mobilizando junto ao seu mandato, Betão”, disse.
Para Luiz Marangon, Coordenador do Sind-UTE Subsede Leopoldina, além de se informar, é hora de se articular e dizer para a sociedade que essa reforma faz parte de um plano maior.
“Não é o momento de propor qualquer tipo de reforma, por isso temos que ficar ainda mais atentos. Porque estes ataques fazem parte de um grande projeto de desmonte, de desmantelamento das leis trabalhistas, e com o trabalho remoto esse contexto piora, porque nós, trabalhadores, estamos responsáveis pelo nosso meio de trabalho, com um desgaste maior da mão de obra.
Claudia Conte, mestre em educação, lembra que as pessoas têm que se informar porque essa é uma reforma grave. “São sete anos a mais para mulheres, homem cinco, valor absurdo e nós só vemos oportunismo. Estamos vivendo tempos em que ‘passam a boiada’ repetidamente, porque estamos em um momento de fragilidade, de tentativa de passar reformas como essas”, comenta.
Betão detalhou para os participantes que a luta no parlamento tem sido intensa, mas que é necessário que cada um dos participantes usem as redes sociais para informar e fazer o enfrentamento não só à essa reforma, mas a esse governo que ataca e retira direitos dos servidores públicos.
"Isso tem que chegar ao ouvido das pessoas porque em alguns casos o desconto das alíquotas é superior a R$300, um verdadeiro confisco do salário. O texto também quer o desmonte do Ipsemg, que é uma espécie de plano de saúde dos servidores públicos. Não há déficit da Previdência e até agora o governo não conseguiu justificar esse projeto", finalizou Betão reforçando que haverá uma agenda de ações nos próximos dias.