Ato do Sintraf-JF se une ao movimento nacional de paralisação contra as demissões no Banco do Brasil e a tentativa de desmonte dos serviços públicos no país
O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf-JF), realizou na manhã desta sexta-feira, 29, um ato simbólico que marcou o dia nacional de paralisação dos funcionários do Banco do Brasil em protesto contra a chamada “reestruturação” do banco, que pretende fechar centenas agências em todo o país e demitir cerca de 5 mil trabalhadores.
Betão acredita que a luta dos trabalhadores, organizada pelas centrais sindicais e partidos como o PT, é o caminho que temos que traçar para dar um fim a esse governo.
“Além de tratar a pandemia e a vida dos brasileiros com total descaso, esse governo vem de um processo de retirada de direitos históricos e de desmonte dos serviços públicos no país. Defender os empregos dos funcionários do Banco do Brasil é também defender que os serviços prestados à população sejam mantidos. Privatizar é favorecer acionistas e empresários em detrimento do povo”, enfatiza o deputado, parabenizando a mobilização do Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora.
“Em todo o país os funcionários do Banco do Brasil estão cruzando os braços para defender o que é nosso: as empresas públicas brasileiras e os direitos que foram conquistados através de muita luta e que o governo Bolsonaro agora está retirando”, afirma Robson Marques, secretário-geral do Sintraf-JF. Robson também lembra que no ano de 2020 o número de bancários demitidos chegou a 10.713 em todo o país.
O sindicalista fez questão de convocar a luta contra o processo de tentativa de privatização das empresas públicas brasileiras e pelo fim do governo genocida de Bolsonaro, que já matou mais de 200 mil pessoas em uma gestão desastrosa da pandemia.
“O Banco do Brasil é o responsável pelo crédito público para manutenção de micro e pequenas empresas e da agricultura familiar. Já a Caixa Econômica detém as contas do Fundo de Garantia de todos os trabalhadores brasileiros. Em outros termos, os bancos estatais são muito lucrativos e estão na mira desse governo privatista, que quer entregar nossas riquezas à iniciativa privada, que visa o lucro pelo lucro”, pontua Livia Terra, vice-presidente do Sintraf-JF.
O desmonte das empresas públicas com a intenção de privatizá-las é um dos principais objetivos do governo Bolsonaro e de seu ministro da economia, Paulo Guedes. Vale lembrar que em maio, durante a polêmica reunião ministerial do governo Bolsonaro que ganhou ampla divulgação na mídia, Guedes declarou o Banco do Brasil como “caso pronto de privatização”.