Moradores do Barreiro procuraram nosso mandato em busca de ajuda; nos últimos meses os aumentos chegaram a cerca de 300%
Após três meses cobrando respostas sobre o aumento abusivo nas contas de água em regiões como a do Barreiro e Venda Nova, ambas na cidade de Belo Horizonte, a Copasa divulgou hoje uma nota admitindo que errou na leitura e na aferição do consumo, o que poderá impactar na conta de mais de 500 mil consumidores.
“A Copasa informa que o período pandêmico, ainda em curso, impediu que nossos leituristas fizessem a aferição de consumo nas residências em quantidade significativa de ligações. Isso se deu em razão de atendermos às normas de saúde pública, para a proteção de toda sociedade. Em várias cidades houve, inclusive, medidas impostas contra a circulação de pessoas. Assim, houve casos de faturas emitidas por média. A Copasa destaca que os critérios de cobrança pela média de consumo, em situações de impedimento de leitura (portão fechado, por exemplo) é autorizado pelas normas regulatórias”, admitiu.
Diante do anúncio, a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais – (ARSAE-MG) vai investigar a situação.
Há três meses aguardando respostas, nosso mandato vem cobrando explicações da Companhia. Apesar do requerimento apresentado pelo deputado Betão ter sido aprovado no último dia 31 de dezembro, solicitando informações sobre o aumento do valor da coleta de esgoto na região, até o momento, nenhuma resposta foi apresentada como justificativa.
“Nosso mandato apresentou Projetos de Lei que pediam para que a Copasa não realizasse o corte de serviços básicos como água e esgoto e também apresentamos requerimentos para que a Companhia não aplicasse reajustes durante a pandemia porque qualquer reajuste impacta na vida dos mineiros. Espero que diante desse erro gravíssimo, a Copasa faça a devida reparação e que, em breve, possa ressarcir os consumidores”, acredita Betão.
Moradores como Alexandre Antônio, da região do Barreiro, que tinham uma conta de água em média de R$ 36, viram o valor saltar para R$ 240. “Teve um reajuste de cerca de 300% e não tivemos melhorias em nada, eu ainda passei por um problema de vazamento e no último mês minha conta chegou a R $860. Precisamos saber o porquê desse reajuste, justo agora na pandemia”.
O trabalhador autônomo, Henrique Marinho, também foi vítima desse aumento injustificado agora em janeiro, e viu as contas saltarem de R$20 para R$120. “O aumento veio sem motivo algum, por isso eu procurei o mandato em busca de ajuda”, afirmou.
Nosso mandato vai, novamente, cobrar da direção da Copasa e pedir a ARSAE-MG celeridade na apuração e no processo de ressarcimento, visto que estamos em um cenário de pandemia e comprometimento de renda, e muitas dessas pessoas foram impactadas com o alto valor das contas.