Projeto de conclusão do Hospital Regional João Penido ainda é uma incógnita; demanda do deputado estadual Betão é uma cobrança feita pelo parlamentar desde o início de 2019
Durante sabatina realizada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais o secretário de Saúde admitiu duas coisas: que sim, foi vacinado mesmo não sendo grupo prioritário, e que a intervenção em hospitais como o Hospital Regional João Penido, em Juiz de Fora, são “efetivamente inviáveis” ao Estado. “Fui o único secretário vacinado, sim, porque entro em e tenho contato com hospitais”. Ele não foi o único, junto com Carlos Amaral, outras 500 pessoas foram vacinadas tirando o direito de quem precisa em Minas Gerais.
A falta de preocupação com a saúde dos mineiros, em especial com os moradores da Zona da Mata, que dependem do atendimento do Hospital Regional João Penido, ficou marcada na fala do secretário que admitiu ainda que as negociações para conclusão e melhorias de alas como a de urgência e emergência, tema de audiência pública realizada a pedido do nosso mandato, estão em análise desde 2019, mas até o momento nada foi feito porque sairá caro ao Estado.
“Se nós colocássemos o custo desses hospitais na rede da Fhemig nós teríamos um impacto de R$ 70 milhões de custeio para o Estado, isso é efetivamente inviável. A nossa ideia é fazer uma parceria com filantrópicas com custeio regular da rede, mas até agora não definimos junto às Prefeituras (como no caso do João Penido Juiz de Fora), como seria esse modelo”, admitiu, como se a região não estivesse com mais de 90% dos leitos do SUS ocupados em função da covid-19.
Apesar do anúncio de que com o recurso das indenizações dos atingidos pelo crime da Vale em Brumadinho, o governo e a mineradora iriam investir na conclusão de Hospitais Regionais em cidades como Além Paraíba, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Nanuque, Novo Cruzeiro, Sete Lagoas, Teófilo Otoni e Unaí, até o momento nada foi feito.
“O governo Zema não quer investir em saúde. Esse tema, assim como a educação nunca foi prioridade dessa gestão. A rede Fhemig tem um orçamento específico de R$ 227.879.376,29 para todos os hospitais em Minas Gerais. Ou seja, tem recurso em caixa, mas o Estado não sabe e nem quer implementar da forma correta. É um governo que se mostra incorreto quando o próprio secretário de saúde fura a fila da vacina antes do grupo prioritário”, finaliza Betão que lamenta a cobrança sem resposta junto ao governo Zema pela testagem em massa (acesse nosso PL: https://bit.ly/3l4Xrfp) e por melhores condições de trabalho para os servidores da saúde e pela população desde o começo da pandemia.