Um dia antes da convocação de uma nova reunião para discutir os rumos da Escola Municipal Alto Bom Jesus, na comunidade rural de Carangolinha, no município de Divino, o deputado estadual Betão soma esfoços à luta contra uma nova tentativa de fechamento da escola do campo.
A tentativa de encerrar as atividades não é de hoje, e já dura 8 anos, sendo que um dos motivos mais preocupantes que levam a essa pressão é o avanço da mineração pela empresa Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), na cidade de Miraí.
Com isso, a ideia é que a área da escola seja liberada e que os cerca de 15 alunos que hoje estudam no local, sejam transferidos para uma outra escola a 15 km da comunidade. Ideia, que de acordo com a educadora especializada em educação do campo, ex-aluna e moradora da comunidade, Renata de Souza Gomes, enfraquecerá o local.
“Com o fechamento da escola a área seria usada no avanço das atividades da CBA, mas é importante falar que, quando se fecha uma escola do campo, está tirando dali várias características da comunidade. No caso dessa escola todas as grandes reuniões ”, reforça.
Nessa sexta-feira a comunidade escolar mais uma vez vai se reunir para somar esforços, iniciativa que conta com total apoio do nosso mandato. Betão, por meio da Comissão de Educação, pretende acionar não só a CBA como a prefeitura de Divino, junto ao companheiro do Partido dos Trabalhadores Mauri Ventura, em busca de uma solução.
“Em 20 anos, só em Minas Gerais foram fechadas mais de 5 mil escolas do campo e agora na pandemia, segundo o Jornal Folha de São Paulo, mais de 2 milhões de alunos estariam sem acesso à educação na zona rural. Mesmo sendo municipal, nosso mandato vai acionar a Comissão de Educação para saber o que podemos fazer e evitar um novo fechamento de escola em Minas”, explica Betão que na vice-presidência da Comissão de Educação, tem lutado contra o fechamento de escolas no governo Zema.