Chapéu D’Uvas – Nove décadas de estudo, mudanças de plano, adequação de projeto, falta de dinheiro até que a construção da represa fosse concluída.
A Luta pela preservação de Chapéu D’Uvas é uma das prioridades do nosso mandato. Mas para defender qualquer causa que seja e também conseguirmos mobilizar a sociedade, é importante conhecer um pouco da história daquilo que buscamos proteger.
A represa de Chapéu D’Uvas foi planejada, em 1929, para ajudar a resolver os problemas de inundações em Juiz de Fora. É que nos períodos de chuva, o Rio Paraibuna transbordava e tomava boa parte da área central da cidade.
De acordo com o estudo do pesquisador Pedro José de Oliveira Machado, o primeiro projeto para controle dos alagamentos propôs a construção de quatro barragens, entre elas, o açude principal seria Chapéu D’Uvas.
Elas serviriam para conter o volume de água antes de chegarem ao Paraibuna. O projeto não saiu do papel.
Na véspera do natal de 1940, uma grande enchente tomou Juiz de Fora. Ela durou 91 horas. O fato reacendeu a necessidade de resolver o problema que se arrastava há quase um século. E a ideia da barragem ganhou força, a partir de 1951, também na perspectiva de gerar energia elétrica e garantir o funcionamento das usinas da Companhia Mineira de Eletricidade.
Em 1955, o déficit de energia elétrica se intensifica. Dois anos depois é elaborado o projeto da barragem, concluído em 1958 quando as obras foram iniciadas.
Problemas financeiros interromperam a construção em 1963. As obras permanecem paralisadas até meados da década de 1970 quando aumentava a preocupação com o abastecimento do distrito industrial implantado em Juiz de Fora. O funcionamento do futuro conjunto industrial dependeria de água, principalmente a siderurgia.
Mas a captação passou a ser feita em outro manancial.
Em 1987, veio nova paralisação nas obras. Segundo o pesquisador Pedro José Oliveira Machado, faltou dinheiro e também uma finalidade para a barragem de Chapéu D’Uvas. Até que em 1992, Itamar Franco decide retomar a Construção inaugurando a represa em 18/12/1994.
Um custo estimado em 100 milhões de dólares. Curtiu a História? Então, vamos juntos lutar para a preservação de Chapéu D’Uvas.