Vamos juntas e juntos lutar contra o DESMONTE DO SERVIÇO PÚBLICO
Mais uma vez o Governo do Estado tenta avançar contra as trabalhadoras, os trabalhadores e toda a população mineira. A bola da vez é o Hospital Regional João Penido em Juiz de Fora, com o avanço do projeto da implementação das Organização Social pelos hospitais da Rede Fhemig no Estado.
Os servidores e as servidoras foram surpreendidos, esta semana, com uma cartilha que explica como seria a cessão do serviço público à gestão de uma Organização Social (OS).
Isso mesmo, pessoal. Zema está avançando e, a todo custo, quer entregar a gestão da saúde de um dos maiores hospitais da Zona da Mata para terceiros. O processo é bem próximo daquilo que a gente bem conhece, a privatização.
O resultado nós já sabemos: precarização dos serviços, precarização do trabalho de servidores e servidoras e prejuízo para população. NÃO VAMOS ADMITIR!
A companheira Lenir Romani, diretora do Sindsaúde-MG Estadual e responsável pelo núcleo Juiz de Fora explicou que uma reunião foi feita com os funcionários do HJP, ontem – 27/12.
O clima é de insegurança e apreensão. “O Estado tem capacidade para abertura de porta, para aumentar as especialidades, aumentar leitos. Não precisa passar a gestão para Organização Social. Alegar falta de mão de obra é leviano. Há quase dez anos não há um concurso. É falta de organização da gestão, de vontade. Por que o governo não quer gerir a saúde? Não sabe? Qual o interesse das OS em administrar? Se tem dinheiro, para pagar OS qual a dificuldade em gerir a saúde com esse recurso?” questiona a diretora.
Essa é uma luta que acompanho de perto. Em outubro de 2019, nosso mandato já havia iniciado os debates sobre a privatização dos serviços via Organização Social no Hospital João Penido e nos outros 20 da rede FHEMIG. Essa medida não resolve o problema de falta de investimentos. É isso que cobramos do Governo ZEMA: Investimentos para a Fhemig continuar prestando um serviço de qualidade à população.
Vamos nos mobilizar e frear o desmonte assim como aconteceu em Patos de Minas. Lá tentaram entregar a administração do Hospital Regional Antônio Dias para uma OS. A unidade atende a 33 municípios da região Alto Paranaíba e Noroeste Mineiro.
Águida Helena Vieira, militante sindical em Patos de Minas e Conselheira Municipal de Saúde explica como foi o processo de mobilização contra a precarização do setor: “Há muitas reportagens que mostram que as OS não funcionam. Começamos a nossa mobilização, em 2019, mostrando os casos de outros estados, acionamos sindicato, mobilizamos o conselho estadual, a ALMG. O Ministério Público foi acionado e, nesse tempo, a população de Patos de Minas foi entendendo a dimensão do prejuízo caso uma OS assumisse a saúde pública. Durante a pandemia, mais uma vez a cidade e a categoria se mobilizou e novamente freamos o desmonte. Mas continuamos vigilantes.”
Seguimos firmes na defesa da saúde de mineiras e mineiros, na defesa dos trabalhadores e trabalhadoras e cobrando empenho, transparência e competência do Governo do estado. Saúde é coisa séria e não vamos permitir que nenhum outro interesse se sobreponha ao bem-estar e a saúde da população.