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Cidades mineiras tentam reconstruir tudo após as enchentes

Enquanto moradores tentam retomar a rotina, deputado Betão envia projeto de lei para estudantes emitirem documentação estudantil  gratuitamente.  

Enquanto voluntários em Manhuaçu atendem ao apelo da Secretaria Municipal para tentar colocar uma escola de pé, moradores de Manhumirim temem perder o emprego. Até mesmo cinco presos foram liberados judicialmente para auxiliar empregados da Prefeitura de Manhuaçu a limpar a lama das ruas da cidade.

O cenário desolador das cidades atingidas pela enchente fez com que os parlamentares aprovassem medidas emergenciais na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para quem perdeu tudo. O Deputado Betão protocolou nesta quarta-feira (06), Projeto de Lei (LEI 1.456/2020) que permite aos estudantes a emissão gratuita de nova via de histórico escolar e diploma nas instituições particulares de ensino de Minas Gerais.

“O Projeto de Lei vai permitir que os alunos e alunas possam recuperar o diploma que foi perdido junto com outros documentos em decorrência da enchente. Precisam deste documento para tentar retomar sua vida e conseguir o primeiro emprego.  Aprovamos outros projetos neste sentido na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, para isenção de taxas de documentação civil e para licenciamento de veículos”, disse o deputado.

A cidade de Manhumirim é um destes exemplos que está retomando aos poucos algumas atividades comerciais, mas o comércio teve 70% de perdas, ou seja, algumas lojas serão fechadas, segundo José Weber, coordenador da cooperativa de reciclagem Aguapé.  A luta dos atingidos é diária e de apoio mútuo, para retomar a rotina e conviver psicologicamente, com a perda, seja da moradia ou do emprego.

 “O rio Jequitibá subiu acima do limite estabelecido, como maior enchente de Manhumirim, em 1997. Isto pegou alguns lojistas desavisados, que perderam tudo.  Algumas lojas estão reabrindo, mas a situação financeira do comércio foi muito abalada, isso pode gerar mais desemprego na cidade”, disse Weber.

Além de perderem a produção com a enchente, os agricultores não tem mais local destinado à comercialização dos produtos agroecológicos. Segundo Weber as consequências econômicas  ainda não têm como ser mensuradas.

“O cafezal desceu a encosta e alguns agricultores perderam as plantações de café. A safra do café para 2020 prometia uma boa lucratividade, agora ela não vai ter muitos resultados. Além disso, a feira agroecológica não tem previsão de retomar a comercialização, porque a Emater e a Anvisa alega que o local ainda está contaminado”

DADOS DOS ATINGIDOS ATÉ O FINAL DO MÊS DE JANEIRO

Em todo o estado, 137 cidades tiveram a situação de emergência decretada, segundo a Agência Brasil.  Até o momento, 53.309 pessoas foram afetadas pelos estragos. O número de desalojados totalizou 44.929 e o de desabrigados, 8.529. São consideradas desalojadas as pessoas que tiveram de deixar suas casas e se abrigar na casa de parentes e amigos ou buscar outras opções temporárias. Já os desabrigados são aqueles que estão acomodados provisoriamente em locais públicos improvisados – na maioria dos casos, em escolas ou igrejas.

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