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Recomposição salarial dos professores da rede estadual é aprovada; magistério de Juiz de Fora aguarda definições sobre Plano de Carreira

Em toda Minas Gerais, seja na rede municipal ou estadual, profissionais da educação se mobilizam por melhores condições de trabalho contra a falta de um projeto de educação no Brasil.

Um dia antes da Assembleia dos Sindicatos Único dos trabalhadores da Educação em Minas Gerais, que acontece na Praça da ALMG uma boa notícia; professores e demais categorias do funcionalismo estadual terão a sua recomposição salarial. Aprovada a emenda número 2 ao projeto 11451/20, professores da rede estadual voltam a discutir nesta quinta-feira os rumos da greve em todo o estado. Há quase cerca de 300 quilômetros da capital mineira, o magistério de Juiz de Fora também vive um impasse; apesar de a a Prefeitura Municipal ter recuado e não ter enviado a proposta do Plano de Carreira para votação na Câmara, a categoria ainda está insatisfeita e apreensiva sobre o tema.

“O movimento continua e permanecemos em estado de greve”, disse a Coordenadora do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF), Cida Oliveira, e afirmou que a categoria continuará a discussão sobre o plano de carreira em Juiz de Fora.

A decisão foi anunciada durante a Assembleia do Sinpro-JF, realizada na tarde de hoje. O magistério municipal esteve reunido, na tarde desta quarta-feira, e recebeu da diretoria uma boa notícia: a Prefeitura Municipal recuou e não enviou a proposta do Plano de Carreira para votação na Câmara, conforme anunciado à imprensa.

Juiz de Fora discute magistério em Assembleia

Os relatos de professoras na reunião demonstram a importância do movimento nas escolas, inclusive com a adesão de pais e alunos, fator que comprove que a categoria está fortalecida. A coordenadora pedagógica Dina Pereira disse que a Escola Reinaldo Andrade, onde trabalha, teve 90% de adesão dos professores. “Sou aposentada e tenho mais 20 anos em outro cargo no município. Não podemos esquecer que o dia que extinguir o Plano de Carreira vigente, nós aposentados podemos não ter aumento. Isso pode piorar com as reformas da Previdência aprovada pelo governo Federal e a estadual. Não podemos desistir e assinar este cheque em branco”, disse professora Dina Pereira, professora no bairro Olavo Costa.

Os professores avaliaram que a Audiência Pública na Câmara de Vereadores neste mês sobre o assunto foi um momento importante para esta vitória, mas que a categoria deverá estar atenta para os próximos movimentos do Executivo Municipal.  Como o período agora na Câmara é de recesso do carnaval a diretora Mary Castro, da Escola Amélia Mascarenhas, lembrou que devemos acompanhar as movimentações para que a categoria não seja surpreendida com uma reunião extraordinária nesse período.

Importante levarmos nossa discussão daqui da assembleia para toda a comunidade acadêmica. Na nossa escola fizemos reuniões com os pais e apresentamos a real situação, pois muitos acreditam que a paralisação é só por causa do salário”, disse Mary, que é aposentada  mas continua trabalhando em outro cargo municipal há 25 anos.

Rede Estadual de Educação continua em luta; em Juiz de Fora categoria realiza ato

Em greve desde o último dia 11/02 a Rede Estadual de Educação de Minas Gerais continua mobilizada. Hoje, os servidores da educação realizaram um ato que reuniu dezenas de trabalhadores e trabalhadoras no Calçadão da Rua Halfeld, em Juiz de Fora. O motivo da mobilização é fortalecer a luta pelos reajustes do Piso Salarial Profissional Nacional dos anos 2017, 2018, 2019 e 2020. A mobilização é também contra o fechamento de turmas e superlotação das salas de aula e contra a municipalização das escolas, a tentativa de desmonte do IPSEMG e por maior investimento do Estado na Educação, com cumprimento do mínimo de 25% da arrecadação.

A luta dos educadores estaduais ganhou também outro fôlego com o anúncio da aprovação da emenda 1451/20, que concede de forma isonômica a recomposição salarial a todo o funcionalismo público do Estado de Minas Gerais. Mesmo com a recomposição, a greve da Rede Estadual de Educação continua e segue para nova assembleia em Belo Horizonte, amanhã.

A recomposição foi uma das lutas, agora temos que avançar para que o Regime de Recuperação Fiscal não seja aprovado por essa Casa e que o governo de Minas não compactue com a reforma da Previdência nos estados. Além do 41,7% da segurança pública, também aprovamos a recomposição das outras categorias, com índice acertado de 28,82%”, explicou Betão.

Nós sabemos que sem a mobilização da categoria, a gente não consegue nada, e tudo que a gente tem na para a nossa carreira na rede estadual é fruto de muita luta. Então, a greve continua, amanhã teremos Assembleia em Belo Horizonte com representantes de Juiz de Fora e de todas as regionais onde o Sind-Ute tem representação”, afirma Nivalda Perobelli, que integra o Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais.

Para o professor de Educação Física de Juiz de Fora Bruno Oliveira Matias é preciso que haja união não só dos servidores, mas de toda a população do Estado, para que haja a manutenção dos serviços públicos de qualidade. É muito importante a conquista que tivemos na Assembleia, com a aprovação da emenda. Temos que unir todas as categorias e lutarmos juntos, porque a concessão do reajuste a todo o funcionalismo é uma conquista do povo de Minas”, finaliza Bruno.

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Este post tem 2 comentários

  1. [email protected]

    Será que o zema irá aceitar o reajuste a todis os funcionários, nos da jucemg somos eswuecidos ignorados desde 2007.

  2. Elizabeth Soares mazzoni marcato e

    Precusamos ser incluidos não temos mais como ficar sem reajuste desde 2007.

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