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Associações de reciclagem lançam campanha virtual para apoiar trabalhadores em Juiz de Fora durante a pandemia do coronavírus

Mandato do Betão apoia iniciativas em defesa dos catadores que, durante  a pandemia de coronavírus, estão em situação difícil e sem renda

Cerca de 38 famílias de catadores e catadoras de três associações de reciclagem de Juiz de Fora estão totalmente desassistidas diante da crise provocada pela pandemia do coronavírus. Pensando em alternativas para vencer a crise, associações locais lançaram vaquinhas virtuais para arrecadar verba e apoiar os catadores nesse momento tão difícil.   

As três maiores associações da cidade abriram uma contribuição numa plataforma virtual para ajudar, com comida e produtos de higiene, as 38 famílias dos catadores que estão em isolamentos social. Até o momento conseguiram arrecadar na “vakinha” 12 mil reais, e quem quiser apoiar basta acessar: http://vaka.me/961273

Não é a primeira cooperativa desta área que relata as ações colaborativas da população ao mandato do deputado Betão.

 “Em Juiz de Fora estamos atentos e buscando divulgar as iniciativas voluntárias dos grupos e pessoas que ajudem as famílias que estão sem renda neste momento. Também recebemos demandas de várias cidades como Manhumirim e vamos levar a situação dos catadores de toda Minas Gerais à Comissão de Direitos Humanos na Assembleia para que seja tomada uma providência urgente. Essa comunidade não pode esperar”, disse o deputado Betão.

Catadores relatam dificuldades sofridas com a suspensão das atividades

A Associação Lixo Certo (ALICER) alerta para a população ficar em casa e lamenta o colapso no Brasil e no mundo por conta do coronavírus. Para o presidente José Rubens os catadores cumprem um papel social importante de reciclar resíduos sólidos. Somente a Alicer recolheu 140 toneladas de material em 2019, fruto do trabalho de cerca de 10 trabalhadores, conta com parceria da churrascaria Chimarron e o IF-Sudeste.

“O Ministério da Saúde recomenda que hoje estamos em casa, e os catadores da cidade precisam de ajuda pois estamos sem ter de onde tirar nossa renda. Estamos sem lugar para coletar material com o comércio fechado e também não temos para quem vender, pois os compradores de material reciclado fecharam”, disse.

Milton coordenador de um dos polos da ASCAJUF – Associação Municipal dos Catadores de Materiais Recicláveis de Juiz de Fora faz um apelo as pessoas  diante da parada de trabalho em virtude do fechamento das associações do município.

“Por conta dos surto de coronavírus nossas associações de coleta seletiva estão fechadas há mais de duas semanas.  As três maiores associações estão paralisadas e como não sabemos quanto tempo vamos ficar parados estamos pedindo o apoio da população,  para pagar nossas contas e sustentar nossas famílias”, disse

Mobilização

O ambientalista Wilson Guilherme Acácio, professor aposentado de Geografia da UFJF, também lembra da importância do trabalho socioeconômico e ambiental dessas associações de reciclagem em Juiz de Fora. “Solicitamos a solidariedade da população nesse momento difícil do coronavírus, para que contribuam com os catadores das associações de reciclagem em Juiz de Fora. Wilson integra com outros professores e profissionais liberais o Conselho de Amigos da Associação Lixo Certo (Alicer).,  

Além dessa iniciativa, outros projetos de captação de recursos são planejados por este conselho, que se formou há dois anos para contribuir com a Alicer. Funcionando em Juiz de Fora desde 2011. O professor de Geografia Ciro Vale (IF-Sudeste) integra o grupo,  cujo objetivo maior é fomentar uma rede de parcerias que permitam os catadores venderem direto para a indústria.

Somente no ano de 2019 foram totalizados 562 toneladas de resíduos sólidos, tornando possível a inserção destes resíduos novamente a cadeira produtiva, pelas três associações: Associação Municipal dos Catadores de Materiais Recicláveis (ASCAJUF); Associação Lixo Certo (ALICER) e Associação dos Catadores de Papéis e Resíduos Sólidos (APARES ). 

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