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Zema investe em sistema falho de rematrícula e alunos e responsáveis não conseguem concluir processo que termina amanhã

Memorando do governo quer que diretoras concluam as rematrículas entre os dias 3 e 6 de novembro; Betão cobra mais transparência e suporte para alunos concluírem o processo

Às vésperas de encerrar o prazo para a rematrícula na rede estadual, previsto para o dia 30 de outubro, pais, alunos e diretores das escolas estaduais estão em pânico com medo de não dar tempo e além de perderem as vagas, os alunos serem direcionados para outras unidades distantes de casa. Paralelo a isso, o sistema, que neste ano é 100% digital e exclui mais da metade dos alunos sem acesso à internet, apresenta graves problemas.   

Ao longo do dia, o mandato do Betão recebeu inúmeras reclamações de diretores das unidades escolares do Estado, que não quiseram se identificar, com medo de uma possível retaliação, afirmando que “o sistema criado pelo governo Zema para a matrícula está um verdadeiro caos”, como disse um dos diretores de uma escola na região central de Belo Horizonte que preferiu não expor seu nome.

Ele relatou que até ontem a unidade onde ele trabalha havia registrado 296 erros nas 1120 rematrículas dos alunos. “São inúmeros os problemas e em um deles, o sistema inverte o nome dos responsáveis, e CPF da mãe fica no lugar do CPF do pai. Outro é caso haja algum erro no cadastro do aluno, ele não conseguirá fazer sua rematrícula”, explica.

Conforme publicado pela Secretaria de Estado de Educação, o prazo para os alunos realizarem as rematrículas termina amanhã, mas no Memorando 183/2020 essa data poderá ser estendida entre os dias 03/11 e 06/11 para que diretores realizem e concluam o processo. Preocupado com mais esse erro grave do governo Zema, Betão acionou a Comissão de Educação da Assembleia para que o governo de Minas tome, em caráter de urgência, as devidas providências.

“Mais um erro grave do governo de Romeu Zema que, para variar, realizou todo o processo online, ignorando dados da própria Secretaria de Estado de Educação de que mais de 700 mil alunos da rede estadual não têm acesso à internet e do IBGE que mostra, que em Minas, cerca de 54% das famílias não possuem computador e que 24,7% sequer tem acesso à internet”, alerta Betão.

O deputado, que apresentou um requerimento cobrando do governo de Minas uma alternativa rápida para o assunto, alertou para a falta de planejamento e gestão desse governo na educação desde o começo da pandemia. “Apresentei mais um requerimento à Secretaria de Estado de Educação cobrando mais clareza no processo e uma melhoria na gestão envolvendo os processos digitais. Queremos que essas datas sejam amplamente divulgadas e que os alunos tenham suporte para fazer a rematrícula agora na pandemia. Estamos há 8 meses tendo os mesmos problemas e sob um governo que não consegue enxergar as desigualdades sociais dos alunos da rede estadual nem gerar soluções”, alertou.

O diretor escutado pelo nosso mandato disse que investir na utilização dos diretores como agentes da renovação da matrícula será “mais um grande erro desse governo que só ataca a educação”. Ele explica que isso irá atrasar ainda mais o processo porque para concluir a rematrícula eles terão que entrar em contato com pais e responsáveis, pegar autorização e logo em seguida reunir os dados e concluir o processo, o que para ele “leva tempo e pode não ser a saída”, finaliza afirmando que irá se unir a outros diretores em busca da construção de uma nota conjunta que será entregue ao nosso mandato para que todos os problemas sejam oficialmente relatados e que nenhum profissional seja exposto ou sofra qualquer tipo de pressão do governo Zema.

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