Mais um registro de problemas e ataques envolvendo a educação em Minas e agora, professores de diversas áreas da Universidade Estadual de Minas Gerais aguardam que o governo Zema faça a devida nomeação dos aprovados no concurso de 2018.
Preocupado com a situação, e com o fato de que muitos professores estão designados e que seus contratos podem vencer a qualquer momento, Betão, por meio da Comissão de Educação, cobrou de forma oficial que a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão nomeie todos os candidatos aprovados no concurso público de educação superior realizado pela UEMG em todo o estado no edital do ano de 2018. São educadores de diversas áreas do conhecimento, em diferentes cidades de Minas Gerais.
“O governo Zema mais uma vez parece usar a pandemia como desculpa para não realizar nomeações de professores no Estado. No caso dos profissionais da UEMG, muitos professores ainda não foram nomeados e estão trabalhando como designados para a função na qual já foram aprovados no concurso público sem, contudo, ter a segurança jurídica do pleno exercício de seu direito como funcionário público”, explica Betão.
Além da falta de segurança jurídica e o perigo de até perder o prazo para nomeação, o presidente da Associação dos Docentes da UEMG, Roberto Kanitz, conta que a realização de um concurso é também algo oneroso ao Estado.
“Além de todos os problemas envolvendo a não nomeação desses professores que foram aprovados para essa função é preciso lembrar que fazer um concurso em si é algo muito caro e com a não nomeação o governo está desperdiçando dinheiro público”, reforça.
Roberto cita ainda que o pedido de nomeação urgente desses profissionais em todo o estado foi aprovado pela categoria em assembleia realizada pela Aduemg, e que as reitorias das diferentes unidades da UEMG em Minas Gerais também têm acordo sobre a necessidade de o processo se concretizar. “É um problema que envolve o Governo de Minas Gerais e nós precisamos resolver o mais rápido possível”, acredita.
O professor no curso de Pedagogia, Túlio César, da cidade de Divinópolis é um dos professores aprovados no concurso de 2018, designados e que aguardam a nomeação. “É preciso realizar uma audiência pública para discutir o assunto com o objetivo de avançarmos e termos mais segurança, inclusive no dispositivo da Lei, para que os professores aprovados e classificados sejam nomeados, que não fiquem nesta situação de precariedade e correndo o risco de perderem suas vagas. A demanda existe em todas unidades da UEMG, faltam novas nomeações do Governo de Minas”, finaliza.