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Betão (PT) reforça a discussão sobre a previdência social, a reestatização da Vale e a importância da democracia no contexto atual do país.

Betão (PT) reforça a discussão sobre a previdência social, a reestatização da Vale e a importância da democracia no contexto atual do país.

Parlamentar lembrou da tragédia em Brumadinho e voltou a falar dos excessos cometidos contra o ex-presidente Lula

     Em primeiro discurso no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado Betão (PT), alertou para o atual contexto político-econômico do país e a necessidade de se trazer à Casa discussões que reforcem a democracia e os direitos dos trabalhadores e cidadãos. O deputado abriu a fala chamando atenção para temas como a reforma da previdência e o suposto déficit alegado pelo governos Temer e Bolsonaro. “Nesta semana o governo federal apresentou uma proposta que atinge em cheio os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, proposta que também foi apresentada pelo golpista Michel Temer e que foi barrada por trabalhadores nas ruas, por meio de manifestações e”, afirmou.

            Outro tema tratado por Betão é a idade mínima para aposentadoria, com destaque para o desnível em relação as mulheres e as perdas de direitos de alguns setores.

 “Professoras, policiais civis, delegadas, também vão perder a sua aposentadoria especial pela proposta que está sendo apresentada pelo governo federal. A cereja do bolo, que é a capitalização individual, apresentada por Bolsonaro é excelente para os patrões. Nela o trabalhador vai contribuir com 10% e o empresário não vai contribuir com absolutamente nada. É isso que eles querem a todo momento”, reforçou se solidarizando com os trabalhadores municipais de São Paulo, que nesta semana anunciaram uma greve. “Queria me solidarizar com os trabalhadores e trabalhadoras municipais de São Paulo, que estão neste momento em greve em função de uma reforma que foi feita lá, na calada da noite e que e que para nós é um farol das lutas que nos vamos ter que travar aqui no Brasil contra a reforma previdenciária”, complementou.

Tragédia da Vale e crime contra os trabalhadores

              O deputado, que juntamente com outros 16 colegas da Casa compõe o bloco de oposição voltou a falar da tragédia ocorrida no último dia 25 de janeiro, em Brumadinho (Acesse aqui). “É mais feio do que a televisão mostra. É uma situação muito degradante, que além de um crime ambiental, é um crime contra a classe trabalhadora; um dos maiores acidentes criminosos da história do país”, reafirmou.

            Betão também chamou atenção para a necessidade de reestatização da Vale, lembrando que ele também lutou contra a privatização. “Nós saímos em comboio de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro para combater a privatização, mas eles conseguiram privatizar uma empresa, que na época valia R$ 96 bilhões, e que foi entregue a grandes acionistas internacionais por R$ 6 bilhões. Empresas que pegaram dinheiro emprestado no BNDES, que levam daqui o minério, pagam royalties para algumas cidades e constroem barragens de rejeitos, mas a manutenção dessas  acaba não sendo feita da forma devida”, lamenta.

            Betão afirmou que já participa de algumas CPIs sobre a mineração propostas na Assembleia, e que é urgente a necessidade de se analisar o assunto. O deputado reforçou também que é fundamental cobrar das entidades competentes maior segurança para os trabalhadores do setor. “Essas questões (discussão sobre a mineração) às vezes não avançam porque é um tema que envolve um custo muito alto, e quando tem um custo muito alto, diminui o lucro dos acionistas. Esse é o dilema que nós estamos vivendo aqui em Minas Gerais, e por isso, é importante as CPIs que foram aprovadas nesta Casa. É relevante também colocar no meio dessa discussão o processo de reestatização da Vale, porque só uma empresa pública como ela era pode garantir os gastos necessários para a segurança dos trabalhadores e moradores do seu entorno, diferente do que aconteceu em Brumadinho”, explicou.

           Por último, Betão lembrou a prisão de Lula e o afastamento do ex-presidente do processo eleitoral, em 2018.  “É essa situação de uma conspiração que leva ao quadro de golpe em 2016, golpe dado para entregar as empresas brasileiras, para fazer uma reforma trabalhista, tentar uma reforma da previdência e que em 2018 tiraram Lula da disputa das eleições. Agora, novamente, e de forma absurda, acusam Lula, sem provas, com base em delação premiada. Por isso eu não deixo de colocar nos meus discursos a chamada de Lula Livre, porque prender uma pessoa sem qualquer tipo de prova, um ex-presidente do Brasil, isso pode acontecer com qualquer pessoa que está aqui. Injustiça nunca mais”, concluiu.

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