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Ato de profissionais da Fhemig em Juiz de Fora exige pagamento de gratificações e mais segurança

Trabalhadores da saúde do Hospital Regional João Penido, em Juiz de Fora, paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira (24/04), para se manifestarem dentro e fora do hospital contra a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), cobrar que a gratificação emergencial anunciada para os médicos seja estendida à todas as categorias que hoje estão lidando na linha de frente no enfrentamento à pandemia e pedir também a participação no Comitê Estadual que delibera as ações ligadas ao Covid-19.

“Estamos sem EPIs, sem o capote azul que é impermeável, e isso é muito grave. O Hospital João Penido está fornecendo somente o capote descartável branco, aquele que transpassa a secreção. Isso é muito perigoso porque tem risco de contaminação biológica. Outro problema que nós vimos hoje é que a Pediatria está tratando a Covid-19 junto aos tratamentos normais, o que não pode acontecer”, explica representante regional do Sind Saúde MG, Lenir Romani que durante a manhã conduziu as discussões com os trabalhadores.

De acordo com Betão, a situação, que é extremamente grave, já foi levada pelo mandato ao Secretário de Saúde, que durante Audiência Pública disse que em Minas Gerais expectativa era de que o estado recebesse cerca de R$ 28 milhões para compras de kits e equipamentos como EPIs (os dados são públicos e podem ser encontrados no site da Almg).

Entretanto, até o momento, regiões como a Zona da Mata ainda apresentam casos de falta de EPIs. Em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, profissionais da saúde também fizeram protestos nesta semana em decorrência da morte de uma funcionária da rede Fhemig, alegando falta de EPIs e aumento da contaminação dos profissionais da saúde. (https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2020/04/23/interna_gerais,1141165/profissionais-da-saude-denunciam-descaso-da-fhemig-e-do-governo.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social?utm_source=whatsapp&utm_medium=social).

“É inadmissível que trabalhadores da saúde estejam exercendo suas funções sob o risco de contaminação. Meu mandato recebeu diversas denúncias sobre a falta de EPIs e nós já encaminhamos pedidos de informação e de providências ao governo de Minas para que isso seja resolvido rapidamente. Acreditamos também que a luta dos trabalhadores pela gratificação para todas as categorias é mais do que justa neste momento de pandemia”, afirma Betão.

Atos unem profissionais de diferentes categorias

As reivindicações dos profissionais da saúde, que englobam médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, socorristas do Samu, e até integrantes do setor administrativo, cobraram também que seja feito o imediato afastamento dos trabalhadores do grupo de risco, mas sem que haja perda salarial. Para a representante regional do Sind Saúde MG, Lenir Romani, é necessário lutar pela isonomia da concessão dos benefícios e também pelo acesso à proteção dos trabalhadores da saúde agora, durante a pandemia.

Além da manifestação no João Penido, o Sind Saúde MG também participou de uma Assembleia com trabalhadores do Samu para discutir os temas da paralisação. “O nosso alerta hoje é para todas os trabalhadores, desde o socorrista do Samu, aos médicos, enfermeiros, nutricionistas, e todos os profissionais que hoje lidam com o risco da Covid-19. Temos que ter EPIs para todos, e também garantir segurança e a gratificação justa para todas as categorias”, finaliza Lenir.

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