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Betão se reúne com servidores das regiões do Vale do Aço, Leste de Minas e Alto Caparaó para fortalecer a organização da luta contra reforma da Previdência de Zema

Em meio às tramitação da reforma da Previdência do governo de Minas, que acontecem à toque de caixa na Assembleia Legislativa, cerca de 40 servidores públicos mineiros das regiões do Vale do Aço, Leste de Minas e Alto Caparaó se reuniram com o deputado estadual Betão para reafirmar a luta contra a proposta de Zema e organizar esse enfrentamento em suas cidades.

Entre os presentes, dirigentes sindicais, agricultores familiares, professores e defensores dos direitos do funcionalismo público, reforçaram a importância de barrar essa reforma que nada mais é que o desmonte da Previdência pública no Estado e está prevista para ser votada no próximo dia 1º de setembro.

“O momento é decisivo dentro da tramitação acelerada que  Zema impôs para essa proposta nefasta, que  vai cair na conta dos servidores, enquanto grandes empresas como as mineradoras recebem isenções do Governo. É hora de organizar a luta, mesmo que forma remota, com cartazes divulgação nas redes sociais, atos simbólicos e principalmente levando informação para toda a sociedade sobre o que está acontecendo”, afirma Betão que ao longo do dia participou de três sessões plenárias extraordinárias convocadas para essa sexta-feira na Assembleia Legislativa para tratar do assunto.

Ao longo do dia, as sessões no parlamento foram marcadas por um enfrentamento contundente ao governo Zema e a proposta da reforma, que, mesmo com as mudanças que se apresentaram ao longo da semana, ainda se mostra como um ataque cruel à carreira pública e aos direitos do funcionalismo mineiro. Betão, junto à bancada do Partido dos Trabalhadores, tentou a todo custo obstruir as reuniões para que a discussão fosse adiada e a luta contra o PL nº46/2020 e a PEC 55, pudesse ganhar fôlego nas mobilizações de todas as categorias.

Para Renata Liberato, do Sind-Ute de Coronel Fabriciano/Timóteo, os ataques do governo Zema vem desde o início do mandato do governador. “Como servidora, professora da rede estadual, posso dizer que os ataques já vem de antes da proposta da reforma, com o parcelamento de salários, por exemplo. Eu digo não à reforma e digo não a todos os desmandos desse governador que tem o mesmo pensamento do atual presidente do Brasil. O que está acontecendo é um verdadeiro massacre contra o servidor, contra os professores. Estão prejudicando ainda mais uma educação pública que já é precária”, afirma.

As mobilizações, ainda que simbólicas, foram destacadas por todas as falas dos participantes, que lembraram que a organização da luta em meio à pandemia, passa por levar a informação sobre os ataques aos direitos à todos os espaços. “Estamos nos mobilizando com faixas, outdoors em ônibus, de todas formas”, conta Feliciana Saldanha, do SindiUte de Ipatinga. Para ela, é necessário que a sociedade saiba o que está acontecendo de fato, e que a reforma não só vai tirar os direitos dos servidores mas vai precarizar ainda mais os serviços públicos oferecidos

Da mesma maneira pensa o diretor do Sind-Ute de Governador Valadares Rafael Toledo. “Aqui em Valadares nós fizemos um ato simbólico contra a reforma e colocamos faixas em lugares estratégicos da cidade para chamar a atenção da população, e temos nos mobilizado nas rádios também. Nesse momento em que muitos estão no grupo de risco da Covid-19, é preciso que a gente faça o que está ao nosso alcance para mobilizarmos”, conta.

Já para a agricultora familiar e quilombola Lucimar Martins, da Federação da Agricultura Familiar do Estado de Minas Gerais (FETRAF-MG), os discursos e debates não podem ser isolados, porque a aprovação de uma reforma como essa atinge à classe trabalhadora como um todo. “A reforma da Previdência é desumana, o despejo de trabalhadores rurais é desumano e não é de agora que estamos sofrendo com esse governo. Temos uma base enorme na Fetraf, com muitos servidores públicos, essa luta também é nossa, precisamos pressionar os deputados e denunciar o que está acontecendo”, finaliza.

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